Michael Jackson
O Rei do Pop revolucionou o modo de pensar e consumir a música pop nos anos 80 rompeu fronteiras rítmicas e culturais. Fez vários discípulos, mas morreu sem sucessor à altura. Michael parou nos 750 milhões de discos vendidos, recorde de uma era da indústria da música que jamais voltará.
Para quem tem menos de 30 anos deve ser difícil compreender a comoção mundial em torno da morte do artista. Com seu toque de Midas, ele inaugurou o método de transformar música em imagem em escala industrial. Jackson criou a idéia do videoclipe-espetáculo, desde então regra no meio musical. Michael não fazia apenas shows, era a estrela de performances, nas quais rodopiava, desafiava a lei da gravidade com seu passo moonwalk – inspirado no mímico Marcel Marceau –, explodia no palco e dava seus gritos de guerra
A dança era tão importante quanto a música. Qualquer semelhança com as apresentações dos artistas pop do momento, não é mera coincidência. Ele fez discípulos. A música de Jackson colocou em prática o conceito de globalização, antes mesmo que os analistas econômicos se dessem conta do fenômeno mundial, rompendo fronteiras rítmicas e culturais.
Ainda criança, com os irmãos do Jackson Five, balançou os alicerces da música negra americana nos anos 70, na lendária Motown Records precursora do soul, do rhythm and blues e da música disco. Logo depois, em carreira-solo, trouxe os códigos do hip-hop para uma região confortável da música, isso quando o hip-hop ainda não era o mainstream. Logo se tornou o primeiro artista afro-americano a ser ídolo de adolescentes brancos.
Off The Wall (1979), primeiro dos três discos de Jackson produzidos pelo maestro Quincy Jones, continua sendo um dos melhores álbuns de todos os tempos. No imaginário de toda uma geração, Michael Jackson foi o cara que virou lobisomem em Thriller (1982), que rodopiou entre mesas de sinuca em Beat It (1982), que mostrou também saber ser mau em Bad (1987) e, num exercício de autoironia, jogou com a dubiedade entre brancos e negros no clipe de Black Or White (1991), e ao mesmo tempo fez um protesto contra o preconceito racial.
Este Blog está de luto. Michael nos deixou ontem, aos 50 anos.
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