sexta-feira, 31 de julho de 2009

Wilson Simonal

Wilson Simonal de Castro nasceu no Rio de Janeiro, no dia 23 de fevereiro de 1938. Ao servir o exército começou a cantar nas festas do regimento. Chegou ao posto de cabo e deu baixa das forças armadas para cantar em shows, principalmente rocks cantados em inglês.
Em 1961 foi descoberto pelo produtor e compositor Carlos Imperial, que o levou para o seu programa de TV, começando assim sua carreira profissional.
Em 1963 foi lançado o LP "Wilson Simonal Tem Algo Mais", com a música “Balanço Zona Sul”, sucesso da época. Nos anos seguintes, Simonal vai tornando-se cada dia mais popular, chegando a rivalizar com Roberto Carlos na preferência do público. Foi criador e difusor de diversas gírias, como, "Vou Deixar Cair"; "S'imbora", "Estar Por Fora", "Nem Vem, Que Não Tem". "Alegria, Alegria" e "Patropi".
Simonal foi o primeiro negro a apresentar sozinho um programa de televisão no país. De 1966 a 1967, apresentou o programa "Show em Si... monal", pela TV Record. Revelou-se um showman, que dominava o palco com uma naturalidade impressionante. A melhor fase de sua carreira chegaria em seguida, com uma série de sucessos dançantes como "País Tropical", "Mamãe Passou Açúcar em Mim", "Meu Limão, Meu Limoeiro" e "Sá Marina". Em 1970, Simonal fez um dueto com Sarah Vaughan (já considerada uma das rainhas do jazz). Sua popularidade era tão grande que chegou a reger um coro de 30 mil vozes no show de encerramento do IV Festival Internacional da Canção, no Maracanãzinho. Era o auge de sua carreira.
De repente, Simonal desapareceu da mídia. Não era mais convidado para programas de TV, não conseguia mais gravar discos, nem se apresentar ao vivo e suas músicas antigas não tocavam mais nas rádios. Jornais e revistas não citavam a sua existência.
Simonal foi acusado pela esquerda de ser informante do regime militar. Músicos sabiam que, se tocassem com ele nunca mais seriam chamados para trabalhar com os baluartes da música. Então, todos se afastaram ou pararam de divulgá-lo. Simonal caiu em absoluto esquecimento a partir da década de 1980. Aos quarenta anos de idade, foi privado do exercício da sua profissão e de seu talento com base numa hipotese. Mas, nenhuma prova, nenhuma pessoa denunciada, nenhum caso concreto foi encontrado.
A Anistia deu perdão para muitos, menos para Wilson Simonal, que hoje estaria com 71 anos e merecendo todas as homenagens como um dos melhores cantores brasileiros do nosso tempo. Ele morreu no dia 25 de junho de 2000, aos 62 anos de idade.

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